Os posts sobre Foz do Iguaçu terão todos o título parecido, pois a saga se repetiu nos dois dias que ficamos por lá. Ao sairmos do táxi para nos dirigirmos à bilheteria do Parque das Aves, pensamos que a chuva tivesse dado uma trégua. Vestimos nossas capas e estávamos seguros de que ia parar de chover e poderíamos aproveitar nosso passeio sem maiores consequências.
Começamos a entender o funcionamento do parque com suas trilhas e espaços fechados que proporcionam maior interação e aproximação das aves. Sentimos falta de placas com maiores informações sobre as espécies, mas não foi isso que deixou a atração menos interessante. A parte mais legal desse início de passeio foi ver um tucano bem de pertinho, super acostumado com a presença das pessoas por ali.
Até então a chuva estava mais leve e pudemos caminhar nessa primeira parte sem maiores problemas. O piso não era escorregadio e a copa das árvores protegia bastante. Porém, de uma hora pra outra o volume de água aumentou muito! Corremos para uma lanchonete no meio do caminho para buscar abrigo, ficamos por lá alguns minutos e após nenhum sinal de melhora resolvemos voltar para a saída debaixo d’água mesmo. A Camila achou super legal a aventura, mas eu e o Loedi já estávamos bem preocupados em vê-la encharcada da cabeça aos pés, rsrsrs.
Nossa maior expectativa do passeio era o Viveiro das Araras, que fica quase na saída do parque. Mas, como esse momento coincidiu com a maior intensidade da chuva, não pudemos vê-las voando pois estavam todas nos puleiros se protegendo do aguaceiro. Só entramos, demos uma olhada e saímos (frustrados, é claro)
Passamos também pelo borboletário, porém mal conseguimos ver as borboletas que também deram um jeito de se esconder. Apertamos os passos e logo chegamos na saída do parque, onde algumas araras ficam disponíveis para fotos em determinados horários.
Nós nem verificamos o horário da próxima sessão de fotos pois naquele momento nossa maior preocupação era trocar a roupa da Camila e deixá-la quentinha para voltarmos para o hotel. Quando saímos do parque, a danada da chuva parou e até conseguimos voltar de ônibus urbano para o hotel.
Chegamos tomamos banho e tivemos a sorte de podermos aproveitar a estrutura externa do hotel pois o sol finalmente apareceu e a chuva deu uma trégua. Ficamos impressionados com a quantidade de atividades disponíveis na parte outdoor do Bourbon Cataratas e por lá curtimos o final de tarde de um dia cheio de histórias pra contar.
Ter ido ao Parque das Aves com chuva e tudo foi uma aventura e tanto, mas hoje escrevendo esse post tenho certeza que foi a melhor escolha que fizemos. É claro que não vimos tudo com todos os detalhes como faríamos em condições climáticas favoráveis, mas deu pra gente conhecer bem o local. Se você estiver em Foz e a previsão do tempo não for animadora, super aconselho encarar com chuva mesmo. Outro ponto de reflexão do dia foi termos escolhido um bom hotel para ficar, o que nos deu oportunidade de fazer coisas legais que não dependessem do clima totalmente. Principalmente estando junto com uma animada criança de 3 anos, hehe.
Essa viagem à Foz nos ensinou algumas coisas, sendo que a principal é colocar as neuras de lado e deixar os filhos experimentarem coisas novas. Estava com muito medo da Camila ficar doente por ter tomado chuva e ela realmente ficou. Mas quem me garante que foi só por isso? Por outro lado, agora mesmo ela estava aqui ao meu lado revendo as fotos, narrando com emoção e brilho nos olhinhos a nossa aventura na chuva no Parque das Aves. São essas lembranças delas e nossas que me fazem acreditar cada vez mais no quanto que as viagens nos tornam seres mais felizes e abertos às novas experiências que vão surgindo em nossas vidas. Se tivéssemos ficado no conforto do hotel não teríamos essas intensas recordações de momentos debaixo de chuva em família.