Pequim parte 1: Wangfujing Street – comércio, agito e espetinhos exóticos

Instalados em nosso quarto, tomamos banho e logo decidimos sair para comer alguma coisa e não nos rendermos a tentação de dormir cedo para já irmos nos acostumando com o fuso horário.

Ao sair na portaria do hotel, perguntei para o rapaz da recepção onde poderíamos comer em inglês. Ele logo fez uma cara de espanto e eu percebi que ele não falava nada além de mandarim. Nessas horas, a melhor linguagem do mundo é a mimica e funcionou muito bem.

Seguimos caminhando pela rua do hotel e começando a observar como os chineses levam a vida. Era uma viela cheia de banquinhas de frutas, restaurantes simples, lojinhas de tranqueiras. Haviam várias pessoas na rua e mesmo cansados fomos andando e observando tudo.

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Chegamos à avenida principal das redondezas e seguimos em direção à rua de comércio Wangfujing. No caminho, já notamos que nas ruas de Pequim existe uma faixa exclusiva para bicicletas e motos. A nossa surpresa é que a maioria delas é elétrica, não fazendo barulho algum. Percebemos também que mesmo sendo noite, eles não ligam as luzes e adoram buzinar. Portanto, ao começar a desbravar a cidade, cuidado com as bikes, motocas e afins. Parece que para eles, buzina é apenas sinal de alerta e não insulto como vemos no Brasil.

Não tínhamos conseguido pesquisar na internet o caminho até a Wangfujing e na verdade nem estávamos indo pra lá. Só estávamos em busca de comida, ocidental de preferência, hehe. Logo avistamos uma placa para a rua e resolvemos seguir. Nessas alturas do campeonato, meu cansaço já tinha sido esquecido. Estar num país tão distante e tão diferente me fez esquecer tudo e só pensar em aproveitar.

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Logo nas primeiras quadras, vimos dois grupos de pessoas dançando nas ruas. Tinha lido que isso era comum na China e em nossos primeiros passos pudemos constatar. Paramos na pracinha para assistir o show, assim como muitos locais fazem. Na verdade são pessoas comuns que estão ali aproveitando a vida de uma maneira saudável e divertida.

Poucas quadras a frente, já pudemos ver vários letreiros, luzes, movimento, agito, várias lojas abertas e isso que eram quase 22h horas do sábado. Uma rua agitadíssima e cheia de lojas e redes ocidentais. Estavam presentes naqueles quarteirões: Zara, Gap, C&A, Mc Donalds, Apple, H&M e várias outras.

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Mas por enquanto não era isso que buscávamos. Estávamos procurando a famosa feira de comidinhas estranhas que fica por ali e logo avistamos. Lá fomos nós em busca de algo bem exótico para provarmos e registrarmos. Afinal de contas ir à China e não comer nenhum escorpiãozinho não dá, né? Logo avistamos a feira e fomos conferir quais as opções.

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Lá você encontra desde espetinhos normais de frutas, carne e frango passando por vários tipos de noodles, comidas típicas chinesas até encontrarmos as iguarias como escorpiões baratas, aranhas, estrelas do mar, casulo do bicho da seda e outras tantas variedades.

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Além dos itens identificáveis, tinha também um monte de coisas que eu não faço a menor ideia do que seja, rsrs.

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Desde a vinda para o Brasil pensava se iria ou não provar algo de lá e sabia que o que me faria decidir seria o cheiro do local. Como não tinha nenhum odor estranho por ali, criei coragem e comprei um espetinho com 2 escorpiões apenas para provarmos.

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Observação importante: se você está indo para Pequim e também quer visitar a feira de snacks, saiba que em Wangfujing eu vi 2 feirinhas com  essas comidas. Uma delas tinha cheiro muito forte e eu jamais teria comido nada por lá. Se for levar em consideração o cheiro para criar coragem, prefira a feirinha que fomos (a foto ajuda a identificar)

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Os escorpiões já estavam fritos, mas ao comprarmos, o tiozinho deu uma fritada final e colocou sal para temperar.

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O Loedi queria que eu comesse antes, mas num primeiro momento relutei. Esperei que ele comesse para eu criar coragem. Ele comeu, mastigou e me disse que não tinha gosto de nada. Pensei, pensei e mandei pra dentro o bichinho! É claro que tivemos que filmar para provarmos para os mais desconfiados e também para a posteridade. Hahaha! No final das contas, o bichinho não tem gosto de nada mesmo. O estranho é apenas o psicológico. Fiquei super orgulhosa de mim mesma e estava feliz por ter cumprido a primeira missão em terras chinesas.

Após a façanha, seguimos em busca de comida de verdade e logo na esquina encontramos um Mc Donalds. Nunca na vida foi tão difícil comprar algo na rede de fast food. Leve a sério a informação de que pouca gente fala inglês em Pequim e entenda isso como que a maioria deles não entendem nem se você disser number one.

Para auxiliar, eles usam um cardápio com fotos e ai vale a mímica mesmo: apontar e mostrar a quantidade que você quer. Sorte que por lá pelo menos os números são iguais, portanto para pagar é só olhar na máquina registradora.

Alimentados, voltamos caminhando para o hotel para finalmente deitarmos numa cama e dormir. Afinal de contas, para o dia seguinte estava marcado nosso passeio a Muralha da China.

Nessas primeiras horas em terras chinesas, nossas impressões já eram muito positivas. Logo no início da viagem comecei a desconfiar de que todas as histórias estranhas que havia lido sobre a China poderiam ser um pouco exageradas.

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