Londres: parte 1

Sair de Roma para Londres foi uma aventura, pois bem na época em que estávamos lá a Alitalia estava quase quebrando e ficamos angustiados até entrarmos no avião e termos certeza de que o avião decolaria. Voar de Alitalia foi uma boa experiência e aterissamos no Heathrow no horário estimado.

De tudo que tinha lido sobre imigrações na Europa, a de Londres era a que mais temia, por ter visto vários relatos de entradas negadas. Ao entrarmos no saguão da imigração fiquei assustada ao ler as placas que indicavam: 1) Pertencentes à União Européia e cidadãos americanos e 2) Resto do mundo. Olhei para o Loedi e disse: acho que nos enquadramos no resto do mundo, rsrsr 🙂

Ficamos um pouco na fila e logo fomos atendidos. A moça que nos atendeu pediu nossos comprovantes de hospedagem e a passagem de volta. Perguntou também se já tínhamos pago. Uma pergunta que ela fez foi o porquê de não termos o carimbo de entrada na França (quando chegamos por Paris não tivemos nenhum registro no passaporte 😦 ). Tanto eu quanto o Loedi fomos sinceros e respondemos que não sabíamos o porquê. Após essas simples perguntas, ganhamos nosso carimbo de entrada na Inglaterra. Ufa! Me senti aliviada.

Da imigração fomos para o saguão para a retirada da bagagem e lá tivemos que esperar muito tempo. Nada da liberação das malas e o tempo passando, passando…. Como havíamos informado a senhora Pat, proprietária da guesthouse em que iríamos ficar, que íamos chegar por volta das 19 horas, resolvemos ligar para ela e informar do atraso. Ainda bem que avisamos, pois atrasou muito.

Nesse tempo em que ficamos aguardando, pudemos observar várias malas sendo inspecionadas, passageiros sendo questionados em salas reservadas, algo que nunca tínhamos vivenciado. Realmente os ingleses fiscalizam quem entra no país. Após uma longa espera, finalmente as malas apareceram. Totalmente detonadas, pisoteadas, sujas, mas apareceram.

Problema mala resolvido, fomos descobrir onde podíamos comprar o passe do metrô e onde pegá-lo.

Hoje já se passaram mais de 3 anos dessa viagem e olhando pra trás vejo o quanto éramos amadores. Não tínhamos pesquisado direito o trajeto para chegarmos até a casa em que ficaríamos hospedados e desde então, mesmo com a super perda de conexão no Peru, o perrengue de Londres foi o maior em nosso histórico de viagens.

Achamos o guichê para comprarmos o cartão de metrô para Londres (o transporte de lá é ótimo, eficiente e super integrado) e seguimos nossa jornada. Pelas impressões de rotas que tínhamos em mãos, seguiríamos até uma estação no centro de Londres e de lá pegaríamos um trem até nosso destino final.

No papel, parecia muito simples, mas ao desembarcamos na estação quase entramos em pânico com o tamanho e quantidade de trens e metrôs que de lá partiam. Para agravar o cenário, já eram quase 11 horas da noite. Andamos feito cachorro perdido pela estação que estava lotada. Perguntamos para umas 5 pessoas como fazíamos para pegar o dito trem, mas não estávamos entendendo o design da estação e quando eles diziam para cima, não sabíamos bem o que eles queriam dizer. Um caos total!

Até que, por muita sorte, encontramos uma brasileira abençoada que viu nosso desespero e nos ajudou ao acharmos o local correto para pegarmos o trem. Quando vimos a placa, nos demos conta de que aquele era o último trem da noite com aquele destino. Eram 23 e 30 e estávamos embarcando. Ufa!

Assim que sentamos no trem ficamos imaginando a cagada que poderia ter sido nós perdermos o trem. Até hoje não tenho ideia do que teríamos feito, pois nossa hospedagem era bem longe do centro da cidade. Me arrepia só de pensar nisso….. Felizmente surgem essas pessoas encantadas para nos salvar dos perrengues 🙂

Seguimos no trem por cerca de 30 minutos e desembarcamos. Pelo mapa que tínhamos, a casa da senhora Pat ficava bem próxima da estação. Lá em Sydeham, que era a cidadezinha em que ficamos, foi bem mais fácil de nos acharmos.

Tocamos a campainha e uma senhorinha muito simpática veio nos atender. Essa foi nossa primeira experiência de hospedagem em casa de família e nesse primeiro contato achamos muito legal.

Como já era mais de meia-noite, a Sra Pat já estava de pijama. Nos atendeu, nos acomodou no quarto, nos mostrou onde era o banheiro e disse para nos preocuparmos com o pagamento só no dia seguinte.

Muito receptiva, nos perguntou também para que horas queríamos o café da manhã.

Podres que estávamos, só tomamos banho e fomos dormir aliviados por essa aventura ter terminado bem. Um dia que começou cedinho em Roma com a instabilidade da Alitalia e terminava ali de madrugada.

Um outro pensamento que não saía de nossa mente era: será que teremos o privilégio de ter sol em nosso primeiro dia de passeio em Londres?

Confira como foi nosso primeiro dia, no próximo post sobre Londres 😉

4 comentários sobre “Londres: parte 1

  1. Ana Mota

    Oi Thaís,
    Sou a Ana do post sobre “o que calçar em Orlando?”. Você perguntou sobre meus planos para o próximo destino.Estamos, eu e minha filha, planejando ir a Londres em 2013. Vi que sua viagem foi realizada a três anos. Você começou o planejamento com quantos meses de antecedência? Vocês foram no verão? Estou pretendo ir em julho, período de férias na faculdade dela. Alguma dica? Estou pretendendo voltar por Paris.
    Um abraço.
    Ana

    1. Olá Ana! Sua escolha não poderia ser melhor! Ainda estou devendo uns posts de Londres…. escrevi só alguns, mas amo muito aquela cidade! E se fizer uma dobradinha com Paris sua viagem será mais perfeita ainda. Geralmente começo a planejar minhas viagens com um ano de antecedência, de tão ansiosa que sou. Ir no verão para a Europa é ótimo, pois além de boas temperaturas, os dias são longos com sol até 22 horas em alguns dias. Uma delícia! A dica inicial minha é que concilie os 2 destinos: Paris e Londres. Qualquer coisa que faça por lá será maravilhoso, vc vai ver. Além disso, qdo menos esperar já será 2013… iupi! Bons planos, um grande abraço

      1. Ana Silvia da Mota

        Oi Thaís! Já tenho olhado “Londres” em vários blogs que sigo: ” Dri Everywhere”; “Londres para principiantes” ; “Americana da América do Sul, além de seus relatos claro!!!
        Quanto a Paris estive lá em 2010, fiquei 8 dias, deu para ir a Fontaneblau, Versalhes, Guyverny (escreve assim?). Quero agora andar mais pela cidade, conhecer uns “cantinhos” que não vimos em razão da falta de tempo. Quero optar por uma hospedagem de qualidade, mas não muito cara!!! Creio que Citadines em Saint Germain desta vez ficará difícil!!!!!
        Um abraço.
        Ana Sílvia
        PS: O novo post veio bem a calhar.

      2. Oi, Ana! Revisitar Paris é algo que farei este ano, e quem sabe volto de lá com mais algumas dicas pra sua viagem do ano que vem… A Dri Miller é a maior conselheira em relação à Londres, pena que não a “conhecia” antes de ir pra lá. Vamos nos falando, um grande abraço!

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